domingo, 28 de agosto de 2016

BARBEIRO DE VERDADE

http://victorcollor.com.br/grooming/barbeiro-de-verdade/Fotos: Victor Collor                         Lembro quando essa cena de barbearias começou a dar seus primeiros passos aqui em São Paulo há mais ou menos 3 anos. Os homens estavam cansados de irem a salões para cortarem seus cabelos e terem mulheres aos seus lados com tocas, papéis alumínio no cabelo, unhas sendo feitas e tudo o que envolve um salão tradicional. Inclusive essa migração dos homens de volta às origens faz sentido, afinal não precisamos ver as mulheres se “preparando para o show”. Que elas fiquem belas e nós não precisemos saber o que passou ali até chegar no resultado final. Pensando assim me pergunto se salões tradicionais não teriam que ser um ambiente exclusivo para mulheres?!

Na época havia a Barbearia 9 de Julho com sua pegada Rockabilly e logo veio a barbearia que primeiro acreditou em um estilo que ainda não tinha sido visto por aqui e em outras cidades do mundo que estavam passando por essa onda. O estereótipo de estabelecimentos desse tipo vinha sempre com um estilo visto em Nova Iorque com suas paredes descascadas em tijolos, chão de ladrilho hidráulico e toda essa cena vintage. A Cavalera foi a primeira que acreditou em um estilo da costa oeste americana, mais especificamente a Califórnia e sua herança mexicana – para quem não sabe, o “Sunshine State” pertencia ao México até 1850.
O responsável por tudo isso chama-se Marinho, Mario Andrade, Marinho 13, Marinho Otra-Vida. Pode chama-lo como bem entender, mas eu o chamo de Marinho.
O conheci há mais de 10 anos assim que cheguei a São Paulo devido à minha proximidade com seus dois irmãos mais novos. As risadas eram sempre verdadeiras e as histórias com bastante bagagem, além de todo o passado com o mundo da música, o punk e os festivais que já havia tocado como o Rock In Rio, como baixista do Pavilhão 9.
Marinho é um cara que já deu muito rolê e tem muitos amigos em Los Angeles e com certeza esse background veio devido à sua relação com a música, as gravações de discos, as tattoos, as gangues e claro, a cena de Low Rider – inclusive ele participa do seriado de mesmo nome na Discovery Chanel aqui do Brasil.

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